Após declarações ofensivas, deputada distrital acusa perseguição da imprensa e agora da Mesa Diretora da CLDF e tenta mobilizar apoio entre mulheres parlamentares para conter desgaste de sua imagem.
A nova polêmica envolvendo a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) mostra, mais uma vez, a parlamentar estimulando pessoas a falarem que é “erro” da Globo e tenta colar para a opinião pública como perseguição da Mesa Diretora. Isso mostra o quanto o jogo político pode se confundir com o teatro da autopromoção.
Após declarar, em entrevista à TV Globo, que haveria “testes de sofá” envolvendo servidoras da CLDF — uma fala considerada ofensiva e irresponsável —, a parlamentar agora tenta inverter os papéis: de autora da polêmica, tenta se apresentar como vítima.
Ao acusar a Mesa Diretora da Câmara Legislativa e a imprensa de perseguição, Paula parece apostar na velha tática de transformar um erro em bandeira política.
Em vez de reconhecer a gravidade de suas palavras, prefere sugerir uma conspiração contra si, buscando apoio especialmente entre colegas mulheres, como se o gênero pudesse blindá-la das consequências de suas próprias declarações.
Nos bastidores, o episódio é visto como uma tentativa clara de vitimização calculada — uma estratégia para manter-se em evidência e sustentar um discurso de enfrentamento que já virou marca registrada de sua atuação.
A questão é que, ao insistir nesse papel de mártir, Paula Belmonte apenas reforça sua imagem de parlamentar mais afeita ao conflito do que à construção.
No fim das contas, sua fala infeliz e a reação desmedida à repercussão mostram mais sobre seu estilo político do que sobre qualquer “perseguição” que diga sofrer.
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