A movimentação política no Distrito Federal tem surpreendido com alianças inesperadas. A mais recente envolve a deputada federal Erika Kokay (PT) e o atual administrador do Sudoeste/Octogonal, Reginaldo Sardinha, ex-deputado distrital e suplente de Daniel Donizet (MDB).
Segundo fontes locais, Sardinha estaria mobilizando sua equipe e apoiadores para participar de um evento promovido por Kokay. A aliança causa estranheza, especialmente porque Sardinha se declara bolsonarista, enquanto Kokay é uma das principais representantes da esquerda no DF. Nos bastidores, especula-se que Sardinha tenta se reposicionar politicamente e até usar a deputada como cabo eleitoral para enfraquecer Donizet, de quem é suplente.
Outro ponto que merece atenção é a proximidade de Kokay com a militante Cris Brasil, ligada ao PRD-DF. Em um áudio que circula nas redes sociais, Cris se identifica como “mãe de faccionado do PCC”, uma declaração que levanta sérias preocupações sobre os círculos de influência em torno da deputada. Que tipo de alianças estão sendo firmadas nos bastidores? E com quais objetivos?
Sardinha já esteve no centro de polêmicas. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do DF por envolvimento em um esquema de fraude em licitação na Secretaria de Administração Penitenciária (Seape), como noticiado pelo portal Metrópoles em 2024.
Erika Kokay também enfrenta questionamentos. Apesar de sua militância em defesa das mulheres, permaneceu em silêncio nas redes sociais sobre dois episódios polêmicos envolvendo figuras ligadas ao PT: as acusações de crime sexual contra o ex-vice-presidente regional do partido, Wilmar Lacerda, e o caso de agressão contra uma mulher por parte de Márcio Palhares, ex-administrador do Gama durante o governo Agnelo Queiroz.
A aliança entre nomes de espectros políticos tão distintos e o silêncio seletivo da deputada levantam dúvidas sobre os reais interesses por trás desses movimentos.
