A calmaria aparente no comando do PRD no Distrito Federal pode estar prestes a virar tempestade. Apesar do silêncio público, nos bastidores, a comissão provisória do partido vive um cenário de concorrencias internas e articulações silenciosas que já ecoam nos corredores da alta cúpula da política nacional — inclusive, segundo fontes, na residência de um ex-presidente da República, situada na prestigiada Península dos Ministérios.
O nome em questão é Lucas Kontoyanis, atual comandante do PRD-DF, que estaria enfrentando um movimento interno de oposição disfarçada sob a aparência de lealdade. Informações de bastidores apontam que um grupo paralelo, composto por filiados e articuladores políticos ligados a caciques históricos do MDB, tem atuado para enfraquecer a liderança de Kontoyanis e fomentar divisões dentro da legenda.
O cenário é de tensão. A movimentação ganhou ainda mais corpo com a possível ascensão de Cris Brasil, nome forte nos bastidores e com conexões diretas com o ex-presidente José Sarney. Fontes ligadas ao núcleo político do DF afirmam que Cris é cotada para assumir o comando do PRD-DF em uma eventual reestruturação partidária — mudança que já estaria sendo “orquestrada” longe dos olhos do grande público.
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Essa disputa silenciosa pode não só redefinir os rumos do partido no Distrito Federal, como também provocar desdobramentos em alianças nacionais, sobretudo com o MDB, que observa atentamente os próximos passos do PRD. O partido, que tenta se consolidar como uma nova força no xadrez político, agora precisa lidar com a própria instabilidade interna — e com os olhos atentos dos grandes jogadores do tabuleiro nacional.
Nos bastidores, há quem diga que a insistente oposição ao governador Ibaneis Rocha (MDB) nas redes sociais, não passa de uma cortina de fumaça. O verdadeiro movimento, segundo fontes com acesso às articulações internas, seria o retorno de Marco Vicenzo à Secretaria-Geral do partido. Ele se afastou recentemente, mas tem afirmado com convicção que será candidato pela legenda em 2026 — e sua reaproximação pode estar mais avançada do que se imagina.
Polêmico e direto, Vicenzo voltou ao centro das atenções após declarações nas redes sociais. Em uma postagem enigmática, ele mencionou práticas de “rachadinha de assessor”. A publicação levantou suspeitas sobre a quem Vicenzo estaria se referindo — e nos bastidores, a leitura é de que a crítica velada pode ter como alvo o único parlamentar do PRD-DF, cujo assessor, ex-candidato pelo PMN (partido anterior de Kontoyanis), foi denunciado ao Ministério Público.

As peças se movimentam nos bastidores do PRD-DF, mas o jogo está longe de ser previsível. O que está em jogo não é apenas o comando de um diretório regional — é a influência política num cenário de alianças incertas, egos inflados e ambições em ebulição.
Obs: “Não adianta fazer ameaças nem mandar recados. Meus telefones estão conectados a um sistema de gravação e, caso necessário, poderão ser encaminhados às autoridades competentes.”



