Após a reunião entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, Brasil e Estados Unidos iniciam, nesta segunda-feira (27), uma rodada de negociações com foco na suspensão da tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros.
O presidente Lula afirmou estar otimista:
“Estou convencido de que em poucos dias teremos uma solução definitiva entre Estados Unidos e Brasil. Volto satisfeito, certo de que tudo vai dar certo para o povo brasileiro.”
As conversas ocorrem na Malásia, onde ambos cumprem agenda oficial. De um lado, o chanceler Mauro Vieira lidera a delegação brasileira; do outro, o representante de Comércio dos EUA (USTR), Jamieson Greer. Segundo Vieira, o Brasil e o Tesouro norte-americano, representado por Scott Bessent, concordaram em montar um cronograma de reuniões setoriais para as próximas semanas.
“Concordamos em trabalhar para construir um acordo. Vamos definir um calendário para tratar dos setores mais afetados pelas tarifas”, afirmou o ministro.
O Planalto pretende concentrar os esforços na pauta econômica, buscando revogar o tarifaço aplicado desde agosto, mas a mesa de negociação também incluirá as sanções americanas contra autoridades brasileiras, entre elas ministros do Supremo Tribunal Federal.
Embora Trump tenha evitado comentar diretamente o tema das sanções, sinalizou disposição para o diálogo:
“Acho que vamos conseguir fazer bons acordos. Sempre tivemos um bom relacionamento, e acredito que continuará assim.”
Na reunião de domingo, Lula mencionou o julgamento de Jair Bolsonaro no STF, descrevendo-o como “sério, com provas contundentes”. Disse ainda ter relatado a Trump o suposto plano contra ele, seu vice e o ministro Alexandre de Moraes.
“Bolsonaro faz parte do passado”, concluiu.
Após o encontro, a Casa Branca divulgou nota afirmando que o diálogo foi positivo e que os países “devem fechar bons negócios para ambos os lados”.
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