Denúncia grave pode revelar articulações políticas no DF com possíveis conexões com o crime organizado
Um áudio exclusivo, obtido por este portal, levanta suspeitas sobre a atuação de membros do Partido Renovação Democrática (PRD-DF), incluindo a militante Cris Brasil, com supostos vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do país.
O conteúdo do áudio revela um suposto esquema político envolvendo articulações para pressionar e afastar o deputado distrital Daniel Donizet (MDB). Nos bastidores, o que seria apresentado como uma disputa interna, estaria, na verdade, encobrindo uma manobra orquestrada com objetivos bem definidos — entre eles, garantir uma nova composição na Câmara Legislativa do DF com figuras ligadas ao PRD-DF.
Nos bastidores da trama: poder, suplência e controle partidário
O ponto de partida da crise foi a formalização de um pedido de cassação contra Donizet, protocolado por Marco Vicenzo, então secretário-geral do PRD-DF. Porém, de acordo com fontes ouvidas pela reportagem, a movimentação teria um objetivo oculto: garantir a ascensão do administrador do Sudoeste, Reginaldo Sardinha (PL), primeiro suplente, à cadeira atualmente ocupada por Donizet.
No audio abaixo Cris Brasil cita a participação da enfermeira Lidia que também é filiada e deve ser candidata pela legenda em 2026.
Ainda segundo essas fontes, caso Sardinha assuma o cargo, haveria um movimento planejado para que ele se desfilie do PL e se filie ao PRD-DF, fortalecendo a sigla de Lucas Kontoyanis na Câmara Legislativa. A estratégia não apenas garantiria representatividade ao partido, mas também abriria espaço para um acordo de divisão de poder interno: cargos comissionados, influência legislativa e controle da máquina pública. Relatos indicam que esta é uma pratica recorrente.
Cris Brasil e o papel central nas articulações
Uma das figuras centrais da operação é Cris Brasil, militante ativa do PRD-DF. Nos áudios analisados pela equipe de reportagem, ela descreve em detalhes a organização de manifestações contra Donizet, citando apoio crescente na região do Gama, principalmente na Ponte Alta — reduto onde o parlamentar do PRD tem forte atuação conforme suas redes sociais.
Os protestos, segundo ela, seriam equipados com carros de som, material de campanha, cobertura de imprensa e equipes de filmagem, sugerindo uma estrutura profissional financiada por fontes ainda desconhecidas. A pergunta que paira: quem está financiando essa operação política com aparência de ação popular?
Ligação com o PCC: entre os bastidores da política e o crime organizado
O trecho mais polêmico dos áudios é quando Cris Brasil menciona, em tom informal, uma possível ligação de um de seus filhos com o PCC. Embora a declaração não confirme envolvimento direto, o conteúdo é suficiente para acender o alerta sobre a proximidade entre estruturas partidárias e o crime organizado.
Nas redes sociais, Cris é apresentada como uma das principais vozes femininas do partido no DF.
PRD-DF embora pequeno:
A legenda, embora ainda pequena, tem ampliado sua presença com filiações estratégicas e apoio a lideranças regionais. Parte da crítica recai sobre o suposto método de “fatiamento” do mandato — quando parlamentares eleitos sob a sigla compartilham nomeações e decisões com o comando partidário.
Investigações e próximos passos
O conteúdo revelado levanta uma série de questionamentos que agora exigem atenção do Ministério Público e da Polícia Civil do DF. Caso as suspeitas sejam confirmadas, os desdobramentos podem alcançar não apenas o destino político de Donizet, mas a estrutura de poder que se articula por trás das siglas emergentes no cenário distrital.
O portal seguirá acompanhando de perto os desdobramentos da denúncia e manterá o compromisso com a verdade e a transparência dos fatos.
