sábado, novembro 8, 2025
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Ericka Kokay se cala diante do caso Marcio Palhares, mas quer atacar aliado de Ibaneis Rocha

Brasília (DF) — Parlamentar conhecida por defender bandeiras ligadas aos direitos das mulheres e ao combate à violência de gênero, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) tem sido alvo de críticas por seu silêncio diante das graves denúncias de agressão contra uma mulher envolvendo Márcio Palhares, ex-administrador do Gama durante o governo de Agnelo Queiroz (PT).

Palhares foi denunciado publicamente por sua ex-companheira por agressões físicas e psicológicas, conforme revelado por reportagem do portal Metrópoles.

Apesar da gravidade das acusações e da ampla repercussão do caso, a parlamentar — que se diz defensora declarada dos direitos das mulheres — não se pronunciou publicamente sobre o episódio até o momento.

Silêncio seletivo

A omissão de Erika Kokay, deputada federal filiada ao PT há décadas, chama atenção. Conhecida por sua atuação em pautas relacionadas aos direitos humanos e à defesa das mulheres, Kokay não publicou nenhuma nota, vídeo ou discurso abordando o caso Palhares — personagem ligado a administrações petistas no Distrito Federal.

Também não houve iniciativa da parlamentar para propor uma audiência pública ou mesmo incluir o caso na pauta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

O contraste se evidencia quando se observa o comportamento da deputada em casos que envolvem adversários políticos. Kokay tem sido enfática em ataques ao deputado distrital licenciado Daniel Donizet (MDB), aliado do governador Ibaneis Rocha.

Segundo fontes da Câmara Legislativa, a deputada federal estaria inclusive articulando junto a setores bolsonaristas, como a própria Paula Belmonte, para avançar em investigações e desgastes públicos contra Donizet.

Alianças inesperadas a união inexplicada entre uma petista e uma bolsonarista/regufista 

Paula Belmonte, por sua vez, atualmente ocupa o cargo de Procuradora Especial da Mulher na Câmara Legislativa do DF, função que tem como missão principal o enfrentamento à violência contra mulheres no âmbito do Distrito Federal. Apesar disso, Belmonte também não se manifestou sobre o caso Palhares — fato que gerou estranheza entre entidades da sociedade civil e ativistas que acompanham os desdobramentos da pauta de gênero na capital federal.

A parlamentar, inclusive, tem promovido eventos com o tema “Contra o Feminicídio”, mas até agora não dedicou qualquer menção à mulher agredida por Palhares.

O silêncio contrasta com a visibilidade que tem dado ao caso de Donizet, que, embora também envolva denúncias de natureza pessoal, parece ter despertado um interesse seletivo por se tratar de um aliado do governador Ibaneis.

O que está por trás?

A atuação seletiva de ambas as parlamentares levanta dúvidas sobre o uso político das pautas femininas. Há quem aponte que a movimentação em torno do caso Donizet seria uma tentativa de ganhar espaço midiático e apoio político num momento em que ambas enfrentam dificuldades de popularidade e desempenho em pesquisas eleitorais.

Para analistas, o silêncio sobre Márcio Palhares e a ausência de críticas ao também petista Wilmar Lacerda, citado em outras denúncias de má conduta, revela um padrão de blindagem política dentro do próprio campo ideológico — o que enfraquece o discurso de defesa irrestrita das mulheres e dos direitos humanos.

Conclusão

Enquanto o caso Marcio Palhares segue sem resposta por parte de lideranças que se dizem defensoras das vítimas, a atuação de Erika Kokay e Paula Belmonte reforça a percepção de que, muitas vezes, os direitos das mulheres são usados de forma estratégica, e não como prioridade real.

A sociedade, por sua vez, observa com atenção e cobra coerência de quem ocupa cargos públicos com bandeiras tão sensíveis.

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