Pré-candidata Cris Brasil (PRD) discursa sozinha, enquanto Daniel Donizet expõe mais uma armação para afastamento do mandato
Brasília — Uma manifestação marcada para esta terça-feira (15) em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) foi desarticulada após a divulgação de reportagens exclusivas que escancararam os bastidores do PRD-DF. A pré-candidata Cris Brasil (PRD), principal rosto do ato, acabou discursando praticamente sozinha, em meio à debandada de apoiadores e à repercussão negativa da série de denúncias envolvendo o partido.
As publicações realizadas por este veículo nos dias 11 e 14 de abril lançaram luz sobre o que seriam movimentações internas no PRD-DF com o objetivo de afastar o deputado distrital Daniel Donizet (MDB) do cargo. A primeira matéria, intitulada “EXCLUSIVO: Bastidores revelam suposta armação para cassar o mandato do deputado Daniel Donizet”, demonstrou indícios de articulações políticas entre filiados, pré-candidatos e dirigentes da legenda.
Na segunda reportagem, publicada em 14 de abril, áudios obtidos com exclusividade apontam uma suposta ligação da pré-candidata Cris Brasil do PRD-DF com o Primeiro Comando da Capital (PCC), ampliando a gravidade das acusações. Em outro áudio o nome citado é o do então secretário-geral do partido, Marcos Vicenzo, que teria sido o responsável por protocolar o pedido de cassação do mandato de Donizet.
Em resposta às acusações e à tentativa de criar nova denúncia contra ele, o deputado Daniel Donizet divulgou um vídeo nas redes sociais, no qual desmente as acusações e expõe o que classifica como “mais um capítulo das manobras para favorecer o suplente Reginaldo Sardinha (PL)”. Segundo Donizet, há um esforço coordenado para retirá-lo do cargo a fim de abrir caminho para o retorno de Sardinha à CLDF.
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Enquanto isso, os pré-candidatos do PRD, Cris Brasil, Marco Vicenzo, Secretário-Geral do Partido, Lidia Peres e, Odilon, representante do Suplente Reginaldo Sardinha que esperavam uma manifestação expressiva de apoio à causa, viu-se diante de um cenário esvaziado, com baixa adesão popular e praticamente nenhuma presença de lideranças políticas relevantes. Seu discurso, feito sob a marquise da Câmara, acabou sendo ignorado até mesmo por transeuntes e servidores da Casa.
A repercussão das denúncias promete novos desdobramentos nos próximos dias, com a possível abertura de investigações formais por parte do Ministério Público, Polícia Federal, Polícia Civil e da própria Polícia Legislativa da CLDF.



